25 de Outubro – dia de Frei Galvão

O Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, mais conhecido como Frei Galvão nasceu em Guaratinguetá no ano de 1739.

Era o quarto de dez (ou onze) filhos de uma família profundamente religiosa cujo os pais eram o Capitão – Mor Antônio Galvão de França e de Isabel Leite de Barros, sendo que a família tinha ramificações com a família do bandeirante Fernão Dias Paes, o “Caçador de Esmeraldas”.

A família Galvão de França é uma das mais tradicionalistas do Vale do Paraíba, sendo foco da obra de Carlos Eugênio Marcondes de Moura (Os Galvãos de França no povoamento de Santo Antônio de Guaratinguetá), obra essencial para os estudos genealógicos.

Órfão de pai muito cedo (o pai dele faleceu com 38 anos) família sempre foi marcada pela sua imensa bondade e benevolência para os necessitados, sendo que quando seu pai faleceu sua mãe doou todas as suas roupas para os pobres.

Galvão passou a infância na sua casa, localizada na esquina da Rua do Hospital com a Rua Frei Lucas (o local foi demolido e posteriormente reconstruído pelos historiadores Thereza e Tom Maia) e aos 13 anos foi enviado para o seminário jesuíta Colégio de Belém (localizado em Cachoeira, Bahia), mas com a perseguição do Marquês de Pombal aos jesuítas Galvão é transferido para um seminário franciscano em Taubaté. No Colégio de Belém o futuro frei Galvão desenvolve estudos em Humanidades e prática Cristã, sendo que aos 17 anos abre mão do futuro promissor para seguir a vida religiosa no Convento de São Boaventura de Macacu em Itaboraí, Rio de Janeiro.

Em 11 de Julho de 1762 Frei Galvão é ordenado Sacerdote e transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo, sendo que em 1770 foi convidado para a Academia Paulista de Letras (a Academia dos Felizes).

De 1769 a 1770 Frei Galvão atuou no Recolhimento de Santa Teresa, onde a Irmã Helena Maria do Espírito Santo diz que Jesus lhe apareceu em uma epifania (visões) e lhe disse que um novo Recolhimento deveria ser construído, sendo inaugurado o Recolhimento de Nossa Senhora da Luz (Convento da Luz).

Muitos foram os trabalhos fundados e dirigidos por Frei Galvão, sendo que logo lhe foram atribuídos vários milagres.

Na sua velhice obtém autorização do Bispo Mateus de Abreu Pereira para encerrar os seus dias no Convento da Luz, onde faleceu no dia 23 de dezembro de 1822.

Com os milagres e poderes (Telepatia, Bilocação, Premonição e Levitação) cada vez mais frequentes atribuído ao Frei (sendo que alguns desses milagres são principalmente atribuídos as pílulas de Frei Galvão, que até hoje são confeccionadas) logo foi iniciado o processo de beatificação, onde foi declarado Venerável em 08 de março de 1997, sendo declarado Beato com o processo de Beatificação em 25 de outubro de 1998.

Sua canonização se deu em 11 de maio de 2007 em uma missa no Campo de Marte, em São Paulo. Com todo esse processo Frei Galvão veio a se tornar o primeiro Santo Brasileiro, sendo nascido aqui, em Guaratinguetá.

Seu santuário está localizado no Jardim do Vale (área da antiga fazenda do pai de Frei Galvão) e logo mais terá um grande Santuário erguido um pouco acima do atual.

Vale destacar também que a vida e obra de Frei Galvão é possível de ser entendida por pesquisas realizadas pelos historiadores Thereza e Tom Maia, além também de pesquisas do senhor Edson Galvão (1946-2021) que também pesquisou de “Corpo e Alma”, deixando para a cidade a compreensão de um dos seus maiores filhos.

Contribuição do historiador Leandro Pereira dos Santos.

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