Guará Retrô: relembrando as memórias de nossa querida cidade
Bonfiglio de Oliveira, natural de Guaratinguetá SP, nasceu em 27/09/1894 e faleceu no Rio de Janeiro RJ em 16/05/1940. Ao lado de Luís Americano, ele foi um destacado instrumentista de sopro com estreita ligação a Pixinguinha, colaborando com ele de 1911 até 1940, ano do óbito do músico. Além de ser trompetista, contrabaixista e compositor, iniciou seus estudos com seu pai, que era contrabaixista na Banda Mafra de Guaratinguetá. Ingressou na banda como trompetista e depois se mudou para Lorena para continuar sua formação.
Transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1910 a convite do maestro Lafaiete Silva, passando a integrar a orquestra do Cinema Ouvidor como trompetista. Essa mudança permitiu que ele estabelecesse contato com músicos cariocas como Luís de Souza e Alfredo Vianna, pai de Pixinguinha. Bonfiglio tornou-se amigo próximo de Pixinguinha, e juntos tocaram pela primeira vez em 1911 na choperia La Concha, da Lapa, e posteriormente no Grupo do Caxangá. No mesmo ano, participou das primeiras gravações comerciais feitas por Pixinguinha, integrando o conjunto Choro Carioca.
A partir desse momento, Bonfiglio de Oliveira gravou consistentemente ao lado de Pixinguinha em diversas formações, como a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, a Orquestra dos Batutas, o Grupo da Guarda Velha e os Diabos do Céu. Além de suas contribuições como instrumentista, também deixou seu legado como compositor, sendo autor de clássicos como “Flamengo”, “Amor não se compra” e “Alzira”, esta última uma homenagem a uma prima de Pixinguinha.