A Estação Ferroviária de Guaratinguetá foi construída em 1914 em estilo inglês do século dezenove pelo Engenheiro Paulo de Frontin. Com influência vitoriana, a construção reflete áureo período cafeeiro no município. A estação trouxe um novo dinamismo econômico à cidade e a conectou com as novidades vindas do Rio de Janeiro, até então capital do país.
Como explica Felipe Nogueira Monteiro, pós-graduado Museologia e Patrimônio Cultural e Ciências Políticas, coordenador das áreas de História e Geografia da Secretária Municipal da Educação de Guaratinguetá: “das novidades de época que vieram pelos seus trilhos, vão de produtos de luxo as discussões acerca do abolicionismo e as primeiras informações da Proclamação da República, por meio de jornais e revistas. Sendo assim, a Estação vai além de sua vocação de receber e embarcar passageiros, mas de ser um espaço privilegiado de comunicação social, cultural e marco do progresso econômico da cidade.”
A construção é formada por uma torre centralizada, onde destacam-se os quatro relógios. Feita em alvenaria de tijolos aparentes, telhado em ardósia e com janelas e portas em arco pleno.
Nos anos 50 o local era conhecido por servir como ponto de encontro da alta sociedade da cidade. A Estação foi desativada em 1996 pela RFFSA (Rede Ferroviária Federal). Tombada pela CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico), começou a ser restaurada em 2006. Hoje o local tem funcionado como espaço de eventos e exposições e Centro de Treinamento e Capacitação de Professores, além de abrigar o polo da Univesp de Guaratinguetá.